1 O poder das narrativas
Historicamente, a ciência tem sido marcada por uma representatividade limitada, onde as contribuições de grupos sub-representados permanecem invisibilizadas. Esses cientistas enfrentam barreiras que vão além da escassez de recursos — a ausência de modelos inspiradores perpetua um ciclo de exclusão, limitando a diversidade no campo científico. No entanto, as histórias daqueles que rompem essas barreiras estão emergindo como ferramentas transformadoras. Quando essas narrativas ganham visibilidade, elas desafiam estereótipos e inspiram novas gerações de cientistas, promovendo uma ciência mais inclusiva e inovadora. Pesquisas indicam que a visibilidade de trajetórias diversas pode influenciar positivamente as aspirações de jovens, especialmente mulheres e minorias, ao reforçar a ideia de que qualquer pessoa pode ser cientista [Lockwood, 2006].
Essas narrativas, ao criarem novos modelos de sucesso, oferecem uma identificação positiva para jovens de grupos sub-representados. A exposição a imagens de cientistas de minorias tem impacto direto nas aspirações de carreira em áreas de ciência e tecnologia, contribuindo para reduzir preconceitos e ampliar o interesse de populações historicamente excluídas [Chen et al., 2024]. Além de promover inclusão, a diversidade na ciência beneficia o desenvolvimento científico e social, trazendo perspectivas que enriquecem o processo de inovação e ampliam o impacto das soluções [Gibbs Jr. et al., 2016].1
Divulgar histórias de cientistas sub-representados pode transformar a percepção pública e criar um ambiente mais acolhedor para novos talentos. A forma como essas histórias são contadas influencia expectativas sobre quem pode se tornar cientista. Representações diversificadas são essenciais para combater a visão de que a ciência é um campo inacessível para certos grupos [Ibarra & Barbulescu, 2010].
A ênfase em narrativas que destacam a construção coletiva da ciência, em contraponto ao mito do "cientista gênio", é igualmente fundamental. A ciência é um empreendimento colaborativo, e apresentar esse aspecto pode incentivar uma visão mais inclusiva e acessível do campo [Figueroa & Shawgo, 2021]. A diversificação na comunicação científica não só enriquece o discurso, mas também abre portas para novos talentos e perspectivas, promovendo um desenvolvimento científico mais equitativo e inovador.
Em um mundo moldado por avanços tecnológicos, como a inteligência artificial, e por crises globais, como pandemias e a proliferação de desinformação — incluindo fake news e deepfakes —, a comunicação científica eficaz se tornou mais crucial do que nunca. Para que a ciência tenha um impacto significativo e positivo, é vital que sua comunicação envolva a sociedade de maneira ativa, promovendo diálogo com públicos diversos. Quando a sociedade não se vê representada, o diálogo se rompe, resultando na erosão da confiança pública e comprometendo o propósito da pesquisa [Judd & McKinnon, 2021].
A ciência precisa não apenas reconhecer, mas incorporar as diversas perspectivas sociais em sua prática e comunicação. A comunicação científica é o elo essencial entre ciência e sociedade, e a maneira como esse diálogo é estabelecido afeta diretamente a pesquisa, a participação pública e a identificação com os avanços científicos [Judd & McKinnon, 2021]. Quando populações historicamente excluídas carecem de visibilidade na comunicação científica, ambos, ciência e sociedade, perdem. Nesse contexto, é crucial que a comunicação seja inclusiva, refletindo a diversidade de gênero, etnias, orientações sexuais, perspectivas e culturas. Essa abordagem não apenas combate desigualdades, mas também amplia o potencial de uma força de trabalho cientificamente qualificada, enriquecida por múltiplas vozes [K. Canfield & Menezes, 2020].
A digitalização da sociedade intensificou a relação entre ciência e público, exigindo a reavaliação de estratégias para garantir que a ciência seja acessível e relevante para todos [Achiam et al., 2022]. Ao adotar uma comunicação mais inclusiva, promove-se a construção de uma comunidade científica mais robusta e um discurso mais rico e efetivo, beneficiando tanto o campo científico quanto a sociedade.
Este ensaio explora como essas narrativas não apenas inspiram, mas também transformam a ciência em uma força mais inclusiva e representativa da sociedade. Ao contar as histórias de cientistas de grupos sub-representados, busca-se reduzir barreiras de entrada na carreira científica e mudar a percepção pública sobre quem pode ser cientista.
2 Uma nova história
As histórias de cientistas têm um papel fundamental na formação da percepção pública sobre a ciência e na inspiração de novas gerações. Historicamente, a comunicação científica tem favorecido figuras consagradas, predominantemente homens brancos de contextos privilegiados, marginalizando as contribuições de grupos historicamente excluídos, como mulheres, pessoas negras, indígenas, LGBTQ+ e pessoas com deficiência. Esse viés reforça a ideia de que o sucesso na ciência é reservado a um perfil específico, limitando a identificação e motivação de jovens marginalizados [Carlone & Johnson, 2007].
Incluir as histórias de cientistas desses grupos amplia as representações, revelando a diversidade de trajetórias e desafios superados. Ao destacar essas conquistas, rompe-se com estereótipos e apresenta-se a ciência como uma área inclusiva e acessível. Essas narrativas demonstram que o progresso científico resulta não apenas de talento individual, mas também da resiliência e da diversidade de perspectivas [Lockwood, 2006; Judd & McKinnon, 2021].
A visibilidade dessas histórias funciona como catalisador de mudanças, influenciando tanto a formação de novos cientistas quanto a própria cultura científica. Pesquisas indicam que representações diversificadas em posições de destaque aumentam a probabilidade de jovens se engajarem na ciência ao perceberem que essas carreiras também são viáveis para eles. A amplificação das vozes de cientistas sub-representados cria novos referenciais que promovem a inclusão e a diversidade na ciência [Goldstein et al., 2020].
Além disso, essas narrativas transformam a percepção pública sobre o que é ser cientista. A popularização de figuras como Marie Curie, Katherine Johnson, Mayana Zatz e Sian Proctor oferece modelos simbólicos que permitem a mulheres, pessoas negras e outras minorias se enxergarem como parte integrante do cenário científico. Essa mudança reduz barreiras e promove uma visão mais inclusiva, na qual a diversidade impulsiona a inovação e o progresso [Massarani & Merzagora, 2014; Medin & Lee, 2012].
Segundo a Unesco, 30% dos pesquisadores globalmente são mulheres. Na América Latina e no Caribe, esse percentual é de 45,8%, mas a sub-representação feminina nos níveis mais altos das carreiras científicas ainda é um desafio [UNESCO, 2020]. A coleta de dados sobre raça e cor no Brasil só começou em 2017 pela CAPES. Em 2020, de 80.115 diplomados em programas de pós-graduação, 2.746 se autodeclararam pretos, 9.909 pardos e 154 indígenas, revelando a ainda incipiente presença de cientistas de grupos racialmente minoritários [CAPES, 2020]. Iniciativas como as cotas em universidades públicas têm desempenhado papel relevante na alteração do perfil dos estudantes, aumentando a participação de pretos, pardos, indígenas e pessoas de baixa renda nas instituições de ensino superior.
A representação é essencial para que estudantes negros e de outros grupos marginalizados sintam-se pertencentes no ambiente acadêmico e reconheçam seu potencial criativo e científico [Ijoma et al., 2022]. Pesquisas mostram que a representação étnica na ciência está associada à melhoria da autoestima entre adolescentes negros, asiáticos e hispânicos, e que isso é determinante para a permanência desses jovens nas carreiras científicas [Ijoma et al., 2022].
A comunicação científica, ao destacar cientistas diversos, ajuda a desmantelar estereótipos e oferece modelos de referência para jovens de diferentes origens. Ver cientistas diversos inspira os jovens a se imaginarem em carreiras científicas, redefinindo o que significa ser cientista e estabelecendo novos padrões de sucesso.
Contar as histórias de cientistas historicamente excluídos é fundamental para promover uma ciência acessível, independente de raça, gênero, classe social ou orientação sexual. Essas narrativas oferecem à sociedade uma visão mais ampla sobre quem pode contribuir para o avanço científico [Gibbs Jr., 2014].
No Brasil, as mulheres representam 46% dos pesquisadores [INEP, 2023], mas ainda enfrentam barreiras estruturais que limitam seu avanço em cargos de liderança [Silva et al., 2022]. A presença de mulheres na comunicação científica é crucial para superar esses obstáculos, desafiando estereótipos de gênero e promovendo um ambiente mais inclusivo [Nascimento et al., 2024].
A desigualdade étnica no Brasil também se reflete na baixa participação de cientistas negros e indígenas, o que compromete não apenas a equidade, mas também o avanço científico do país. Dados do Censo da Ciência e Tecnologia de 2021 mostram que apenas 4% dos pesquisadores brasileiros se identificam como negros e 1% como indígenas [CAPES, 2020]. Iniciativas de comunicação científica que destacam esses cientistas podem inspirar novas gerações e combater esses obstáculos [Ijoma et al., 2022].
Além das questões raciais e de gênero, as desigualdades socioeconômicas representam outro grande desafio à inclusão na ciência. Estudantes de famílias de baixa renda enfrentam dificuldades como falta de infraestrutura e apoio financeiro, o que limita sua permanência nos programas de graduação e pós-graduação [IBGE, 2022]. A visibilidade de cientistas oriundos dessas classes sociais é crucial para inspirar jovens em situação semelhante e desmistificar a ideia de que a ciência é um campo inacessível aos menos privilegiados [Arantes & Peres, 2015].
3 Reflexões e conclusão
"A história única cria estereótipos, e o problema com os estereótipos não é que eles sejam falsos, mas que são incompletos", destaca Chimamanda Ngozi Adichie em sua renomada palestra TED em 2009. Nesse sentido, a comunicação científica desempenha um papel fundamental na formação da percepção pública sobre a ciência e seus praticantes. No entanto, as representações predominantes frequentemente perpetuam estereótipos, marginalizando grupos historicamente excluídos [K. N. Canfield et al., 2020; Achiam et al., 2022].
A falta de diversidade entre os cientistas limita o escopo das pesquisas, frequentemente ignorando questões críticas para grupos minoritários. A ausência de representatividade desencoraja jovens excluídos a seguir carreiras científicas, perpetuando uma cultura de exclusão e uma comunicação que não reflete a pluralidade social [Menezes et al., 2022]. Cientistas predominantemente brancos e de classe média tendem a focar suas pesquisas em populações semelhantes, comprometendo a generalização dos resultados [Medin & Lee, 2012].
A imagem de cientistas na mídia — geralmente homens brancos e mais velhos — molda o imaginário coletivo e limita a percepção de quem pode ser cientista. A ausência de modelos diversos desencoraja jovens, especialmente meninas e pessoas marginalizadas, a se envolverem com a ciência [Cheryan et al., 2017; Corsbie-Massay & Wheatly, 2022].
A comunicação científica tem um papel crucial na transformação dessa narrativa. Ao adotar uma abordagem mais inclusiva e diversificar as representações de cientistas, podemos desmantelar estereótipos e incentivar a participação de novos talentos. A inclusão de perfis diversos, como mulheres, pessoas de diferentes etnias, LGBTQ+ e indivíduos com deficiência, é essencial para enriquecer o avanço científico e garantir uma ciência mais representativa e acessível [Wilkinson et al., 2022; Freeman, 2020]. Promover uma ciência verdadeiramente inclusiva exige a reavaliação das representações de cientistas e a ampliação da diversidade de vozes na comunicação científica, refletindo com mais precisão a sociedade e assegurando que a ciência atenda às necessidades de todos os grupos.
A inclusão de narrativas de cientistas de grupos sub-representados é fundamental para transformar a percepção pública sobre quem pode ser um cientista e para reduzir as barreiras de entrada na carreira científica. Diversificar as histórias de cientistas é uma ferramenta poderosa para diversificar a representação e inspirar novas gerações. Essas narrativas rompem estereótipos e oferecem exemplos concretos de superação, incentivando jovens de grupos marginalizados a considerar carreiras científicas [Medin & Lee, 2012].
Além de desafiar estereótipos, a comunicação científica inclusiva contribui para a construção de um campo mais equitativo. Ao enfrentar barreiras estruturais que limitam a participação de grupos sub-representados, a comunicação científica pode democratizar o acesso [Massarani & Merzagora, 2014], enriquecendo o discurso científico e ampliando o impacto social da pesquisa [Judd & McKinnon, 2021].
A maneira como narramos as histórias de cientistas impacta significativamente a percepção pública da ciência e a capacidade de inspirar novas gerações. Histórias centradas predominantemente em cientistas masculinos e europeus perpetuam estereótipos e reforçam a ideia de que a ciência é um campo restrito. Para superar essas barreiras, a comunicação científica deve diversificar a representatividade e destacar o aspecto colaborativo da pesquisa. Estudos indicam que a exposição a narrativas mais amplas, que incluem cientistas de diversas origens étnicas, de gênero e socioeconômicas, pode desmantelar estereótipos e criar um senso de pertencimento para grupos historicamente excluídos [Harper et al., 2022; Henry, 2021]. A promoção de histórias que enfatizam a construção coletiva da ciência, em oposição ao mito do "cientista gênio"individual, reforça a ideia de que a ciência é um esforço colaborativo e acessível. Essa abordagem não apenas proporciona uma visão mais inclusiva do campo, mas também pode inspirar e engajar jovens de diversas origens, como evidenciado pelo trabalho de Figueroa e Shawgo [2021], que demonstram que uma narrativa mais inclusiva pode ampliar as oportunidades e fomentar um ambiente mais acolhedor e inovador na ciência.
Narrar as histórias de cientistas de grupos historicamente excluídos é uma estratégia fundamental para inspirar novas gerações e reformular a percepção pública sobre a ciência. Essas histórias desafiam estereótipos e demonstram que a ciência é acessível a todos, atuando como catalisadores para mudanças sociais mais amplas e promovendo equidade e justiça social. Uma ciência mais diversa e representativa não é apenas uma questão de justiça social, mas uma necessidade estratégica para o avanço do conhecimento e o bem-estar coletivo [Gibbs Jr., 2014]. Para promover um futuro mais inclusivo na ciência, as iniciativas de comunicação científica devem adotar práticas culturalmente conscientes e inclusivas. Isso envolve não apenas a inclusão de rostos diversos nas campanhas, mas também o enfrentamento de preconceitos enraizados e a garantia de representação significativa em todas as esferas da ciência. Um compromisso genuíno com diversidade, equidade e inclusão transforma o ambiente científico e amplia o impacto social da ciência, permitindo que ela atenda às necessidades de uma sociedade verdadeiramente plural. Quando a comunicação científica reflete a diversidade humana, ela não só aumenta a alfabetização científica, mas também cria um campo mais inovador e resiliente, capaz de enfrentar os desafios globais do futuro.
Referências
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Notes
1. Discute a desconexão entre o talento de minorias no nível de doutorado e a contratação em cargos acadêmicos.
Sobre o autor
Jornalista especializada em Comunicação Científica, com pós-graduação em Jornalismo Científico (2008) e Mestrado em Divulgação Científica e Cultural (2010) pela Universidade Estadual de Campinas. Além disso, concluiu estudos de pós-graduação em Redação Científica na Universidade de Stanford (2015) e na Universidade de Chicago (2014). Com mais de 20 anos de experiência na área, atualmente atua como editora-chefe da revista Ciência e Cultura (SBPC).
E-mail: chrizcb@gmail.com X: @ChrisB_Jor