1 Introdução

O fenômeno atual da desinformação ganhou força na segunda metade da década de 2010. Alguns eventos de destaque desse período — como a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos e o Brexit, em 2016, e as eleições presidenciais brasileiras, em 2018 — foram marcados pelo grande volume de notícias falsas e uso de bots e trolls nas redes sociais digitais, usados para atacar adversários, enganar eleitores e ganhar dinheiro [ Azevedo & Lima, 2020 ]. O que vimos desde então foi um cenário de disputa pela verdade, potencializada por fake news e circulação de desinformação como estratégia política. Nesse cenário de politização e polarização, as instituições produtoras e promotoras de conhecimento passam a sofrer ataques que buscam deslegitimar, desacreditar e criar uma desconfiança sobre sua autoridade [ Oliveira, 2020 ; Araujo & Oliveira, 2020 ].

Como ferramenta da deslegitimação dessas instituições, a produção de narrativas alternativas geram as chamadas ‘ fake sciences ’, fake news de ciências associadas a “uma rede complexa que envolve conflitos de interesse e declínio da credibilidade das instituições produtoras de conhecimento e de verdade” [ Oliveira, Quinan & Toth, 2020 , p. 93]. Teorias da conspiração, pseudociência, tratamentos alternativos, movimento antivacina e uso de medicação sem eficácia comprovada cientificamente, como hidroxicloroquina, são alguns exemplos de desinformação na área da saúde [Araujo & Oliveira, 2020 ; Oliveira, Evangelista, Alves & Quinan, 2021 ].

Alguns pesquisadores acreditam as consequências do compartilhamento dessas narrativas já podem ser observadas, como a redução nas taxas de vacinação no mundo [ Bernal-Vaquera, Morales-Jinez & Moreno-Pérez, 2021 ] e o retorno de doenças que já tinham sido consideradas controladas, como o sarampo [ OPAS, 2023 ]. É diante desse quadro que a desinformação científica tem sido considerada uma das grandes preocupações mundiais [ WHO, 2020 ], com um crescimento de estudos sobre a temática desde a pandemia do novo coronavírus [ Gabarron, Oyeyemi & Wynn, 2021 ]. Relacionado a uma reconfiguração do ecossistema informacional devido à popularização das novas tecnologias da informação, e a uma infodemia [ OPAS, 2020 ; Massarani, Leal, Waltz & Medeiros, 2021 ], fenômeno marcado pelo excesso de informações, precisas ou enganosas, que dificultam o acesso a conteúdo confiável, os estudos sobre desinformação científica têm crescido mundialmente. Apesar de a desinformação científica ser uma questão global, na América Latina ela pode ter particularidades regionais, como a falta de acesso à informação confiável e a influência de grupos com interesses específicos. Portanto, é importante compreender como a desinformação científica se manifesta na região e quais são os fatores que estão relacionados ao fenômeno, para que se possa desenvolver estratégias eficazes para combater a desinformação e promover a informação confiável por meio da divulgação científica. É nesse sentido que realizamos um levantamento sobre a produção dos artigos científicos sobre desinformação e divulgação científica na América Latina, buscando entender as particularidades e temáticas sobre os estudos na região.

2 Desinformação na América Latina

A exemplo do que ocorreu em outras partes do mundo, a desinformação na América Latina não é algo novo. Desde a década de 1960, em um momento em que diversos países latino-americanos passavam por regimes ditatoriais, as narrativas empregadas pelas autoridades que detinham controle dos fatos, muitas vezes manipulava-os como estratégia política. Mesmo após o fim desses regimes, o vínculo da desinformação com a política permaneceu, tendo picos de disseminação de notícias falsas durante períodos eleitorais em todo o continente [ Valente, Massaro, Cruz & Macedo, 2022 ].

Uma característica comum aos países latino-americanos é a concentração da mídia, na qual poucos atores detêm o controle da informação na região [ Sierra Caballero & Sola-Morales, 2020 ; Valente et al., 2022 ]. Os grandes conglomerados dominam os meios de comunicação na América Latina, dificultando que haja uma pluralidade no debate público [Valente et al., 2022 ]. Assim, o pano de fundo para o fenômeno da desinformação no continente latino-americano constitui-se em um “fenômeno histórico que tem sido propagado por políticos, autoridades públicas e mídia tradicional por décadas” [Valente et al., 2022 , p. 79, tradução nossa]. Assim como no resto do mundo, esse cenário se intensificou na última década.

Com a popularização da internet e das redes sociais, novos canais de comunicação foram criados. Por um lado, permitiu a amplificação e o fortalecimento de outras vozes da sociedade. Mas grupos políticos e agentes públicos também passaram a utilizar essas plataformas para publicar e amplificar seus discursos e disseminar desinformação [Valente et al., 2022 ], contestar evidências científicas e instrumentalizar politicamente informações relacionadas à ciência [ Ortiz, Brotas & Massarani, 2020 ; Oliveira, Araujo, Cerqueira & Pedri, 2021 ].

A América Latina enfrentou uma intensificação de informações falsas acerca da pandemia, desde a origem da doença, prevenção, tratamento, até a vacina. Em um estudo realizado por Lagos, Grabole, Espinoza e Sánchez-Hechavarría [ 2022 ] em países ibero-americanos e falantes de espanhol (Chile, El Salvador, Equador, Argentina, México, Panamá, Peru e Espanha), verificou que oito dos noves países analisados demonstraram uma desconfiança generalizada nas autoridades de governo e nas autoridades científicas no que diz respeito à vacina contra Covid-19. O atual presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, incentivou o uso de amuletos como prevenção contra a infecção de Covid-19 [Valente et al., 2022 ]. O então presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, realizou diversas afirmações que não estão de acordo com o consenso científico. Alguns exemplos são o questionamento da eficácia das vacinas, principalmente a Coronavac, a qual Bolsonaro levantou questionamentos sobre sua confiabilidade e insistiu em chamar o imunizante de “vacina chinesa” [ J. S. Bezerra, Magno & Maia, 2021 ], e o incentivo ao uso do medicamento hidroxicloroquina, apesar de não haver evidências de sua eficácia contra Covid-19, que reverberaram entre seus apoiadores nas redes sociais digitais [ Araujo & Oliveira, 2020 ; T. F. O. Moreira & Koerner, 2021 ].

Como resposta ao crescente fenômeno, diferentes setores da sociedade se mobilizaram no combate à desinformação. Organizações da sociedade civil, como a CELE (Argentina), Observacom (Uruguai) e Derechos Digitales (Chile), realizam pesquisas acerca da regulação da mídia, liberdade de expressão, privacidade, acesso à informação, entre outras iniciativas relacionadas à desinformação [ Valente et al., 2022 ].

O cenário atual de desinformação na América Latina combina, portanto, diferentes fatores históricos. Décadas de manipulação dos fatos por figuras de autoridades e uma proximidade da desinformação a políticos e agentes públicos, uma oligarquia midiática que impede uma pluralidade no debate público, um recente crescimento global da disseminação de informações falsas relacionado à ascensão da extrema-direita e uma pandemia que multiplicou exponencialmente o compartilhamento de informações ao ponto de não se distinguir o fato do fake , foram as condições necessárias para a disputa pela verdade no continente latino-americano.

3 Metodologia

Neste artigo, buscamos responder, por meio de uma revisão de literatura, a seguinte questão: qual é o estado da arte da produção acadêmica-científica latino-americana sobre o fenômeno de desinformação e divulgação científica?

Utilizamos técnicas de revisão de literatura combinadas com análise de conteúdo. A fase metodológica desta pesquisa contou com três etapas distintas. Na primeira foi realizada uma busca exaustiva de artigos. O corpus foi, então, constituído na segunda etapa, respeitando critérios de inclusão e exclusão. Por fim, as pesquisas elencadas passaram por análises que buscaram responder a questão aqui em debate.

3.1 Busca de artigos

Quatro bases indexadoras de pesquisas científicas foram escolhidas como fontes para este estudo: Scopus, Web of Science, Dimensions e Scielo. Todas as buscas foram realizadas no dia 17/10/2022. Os filtros utilizados nas pesquisas contemplaram as informações apresentadas na Tabela 1 .

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Tabela 1 : Filtros utilizados para pesquisas. Fonte: autoria própria.

No total, obtivemos 1.848 resultados, sendo 370 da Scopus, 354 da Web of Science, 705 da Dimensions e 419 da Scielo.

3.2 Seleção do corpus

Como muitos desses resultados ( n = 1 . 8 4 8 ) não correspondiam ao objetivo aqui determinado, realizamos uma análise minuciosa para compor nosso corpus . Para isso, estabelecemos critérios de inclusão e exclusão, explicitados na Tabela 2 .

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Tabela 2 : Critérios de inclusão e exclusão. Fonte: autoria própria.

Os resultados duplicados ( n = 7 3 9 ) foram descartados do corpus . Os demais ( n = 1 . 1 0 9 ) passaram por seleção que aderiu aos critérios expostos, classificando os resultados em ‘incluir’, ‘excluir’ e ‘dúvida’. Aqueles que apresentaram incerteza sobre sua inclusão foram deliberados em reunião conjunta, que, consequentemente, exigiram o refinamento dos critérios estabelecidos. Por fim, um total de 143 artigos demonstraram adesão com a questão de pesquisa. Entretanto, a falta de acesso ao conteúdo de um dos artigos nos obrigou a retirá-lo do corpus. Portanto, foram analisados, de fato, 142 artigos.

3.3 Análise do corpus

Por meio de análise de conteúdo categorial, nosso corpus ( n = 1 4 2 ) passou por um processo de codificação que reuniu categorias baseadas em estudo anterior [ Rocha & Massarani, 2017 ; Alvaro, Massarani, Ramalho e Silva, Valadares & Marandino, 2021 ] e também que surgiram durante uma primeira análise flutuante. Apresentamos na Tabela 3 as variáveis de análise.

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Tabela 3 : Variáveis de análise. Fonte: autoria própria.

Dois codificadores analisaram o corpus , focando a leitura nas sessões de (1) resumo, (2) introdução e (3) metodologia, além de metadados como data de publicação do artigo e país de origem de autores latino-americanos. Caso essas sessões não fossem suficientes para resolver as intenções propostas, a leitura integral do artigo foi estabelecida como procedimento metodológico. Pré-codificações foram realizadas e submetidas a testes de confiabilidade. O índice “alpha” de Krippendorff, para análise de confiabilidade em codificações com duas pessoas, sugerido e indicado por Hayes e Krippendorff [ 2007 ], superou 0,8 — resultado obtido por meio da ferramenta ReCal. 1 Esse valor indica que a codificação deve ser considerada suficientemente confiável [ Sampaio & Lycarião, 2021 ]. Para relatar as metodologias/técnicas usadas nas pesquisas, nos apoiamos nas informações explícitas de cada texto.

4 Resultados e discussão

As análises sinalizam que o fenômeno de desinformação no contexto da divulgação científica começou a ser estudado em 1993 na América Latina. Entretanto, como pode ser observado na Figura 1 , é a partir de 2020 que há um pico de publicações. Entre 2020 e 2022 2 são 134 artigos publicados sobre o tema, o que representa 94,4% do corpus .

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Figura 1 : Publicações por ano. Fonte: autoria própria.

Dentre os idiomas dessas publicações, o português se destaca com 52,0% ( n = 7 4 ). Em seguida vem o inglês com 31,0% ( n = 4 4 ) e o espanhol com 17,0% ( n = 2 4 ).

Levantamos os países de origem dos autores dos artigos presentes no corpus . Para isso, consideramos a afiliação profissional de cada um. Observamos uma predominância do Brasil, com 75,4% ( n = 1 0 7 ) dos artigos escritos exclusivamente por autores de afiliação em instituições brasileiras. O segundo país em números de artigos é o México (6,3%; n = 9 ), seguido do Equador e Peru (4,2% ( n = 6 ) cada, Argentina (3,5%; n = 5 ), Colômbia (1,4%; n = 2 ) e Costa Rica, Haiti e Venezuela, cada um com um artigo (0,7%). Quatro artigos (2,8%) possuem autores de mais de um país latino-americano. Os países de artigos de colaboração são Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Uruguai e Venezuela, sendo Brasil e Colômbia os únicos países com autores de dois artigos colaborativos.

Foram encontrados um total de 353 autores únicos com afiliações latino-americanas, sendo 280 (79,3%) deles de instituições brasileiras. O Peru é segundo país com mais autores (4,8%; n = 1 7 ), seguido de Equador (4,0%; n = 1 4 ), México (3,4%; n = 1 2 ), Colômbia e Venezuela, com oito (2,3%) autores cada. A Argentina aparece em seguida, com 2,0% ( n = 7 ) dos autores do corpus . Os países com menos autores presentes são Costa Rica (0,8%; n = 3 ), Haiti (0,6%; n = 2 ) e Chile e Uruguai, que possuem um (0,3%) autor cada.

Dos 142 artigos analisados, 21 deles (14,8%) não se debruçaram em analisar um país específico, sendo que oito deles são exclusivamente teóricos. Ao entender os recortes geográficos desses estudos (Figura 2 ),

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Figura 2 : Países estudados. Fonte: autoria própria.

vale destacar a presença do contexto brasileiro, que aparece em 93 delas (65,5%). No corpus , também encontramos 14 pesquisas (9,9%) que estudaram pelo menos um país fora da América Latina, sendo que, desses, apenas três não incluíram um país latino-americano. Além disso, foram 15 investigações (10,6%) que contemplaram dois ou mais países em seus recortes.

Os estudos sobre desinformação e divulgação científica na América Latina têm aumentado significativamente desde o início da pandemia de Covid-19, que serviu como um estímulo para o estudo da infodemia e também como objeto principal de pesquisas científicas. A discussão é ainda mais evidente no Brasil, que é palco de estudo da maior parcela de artigos, com o idioma predominante português. Os dados são consonantes com o que apresentam Rocha e Massarani [ 2017 ], quando demonstram que o Brasil é o principal provedor de publicações científicas na América Latina, ao analisarem panoramicamente a divulgação científica na região.

Em relação às temáticas, a Figura 3 mostra, por meio da nuvem de palavras, 3 quais são os principais contextos estudados. Na maioria, a desinformação é analisada junto ao cenário da pandemia da Covid-19, representando 69,0% dos artigos ( n = 9 8 ). O tema saúde é preponderante entre as temáticas abordadas. Para além da Covid-19, tópicos de atenção nos estudos de desinformação científica na América Latina sobre saúde incluem vacina ( n = 6 ), movimentos antivacina ( n = 5 ) e hesitação vacinal ( n = 1 ), câncer ( n = 3 ), HIV ( n = 2 ), Leishmaniose ( n = 2 ), doenças tropicais causadas por arbovírus ( n = 2 ) e flúor ( n = 2 ). Educação Científica e Comunicação também foram temas abordados por seis artigos, trazendo questões como percepção de estudantes, iniciativas de educação científica e produção de podcasts de divulgação científica. Três artigos abordavam temas relacionados ao meio ambiente, como desastres naturais, derramamento de óleo e desmatamento. Desinformação sobre animais silvestres, como aranhas e morcegos, foram abordados em dois artigos. Biotecnologia foi tema de um artigo.

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Figura 3 : Nuvem de palavras das temáticas pesquisadas. Fonte: autoria própria.

Nossos dados evidenciam, portanto, que o cenário pandêmico propiciou o aumento da preocupação em relação à desinformação científica no contexto da América Latina, sobretudo em um contexto no qual as lideranças políticas de alguns países eram propagadores de desinformação, incentivavam desconfiança em relação às recomendações apresentadas pelas autoridades científicas [ Bonafé-Pontes et al., 2021 ; Gramacho, Turgeon, Kennedy, Stabile & Mundim, 2021 ] ou omitiam em seus discursos uma preocupação sobre políticas para o enfrentamento à crise sanitária global [ Cabrera-Méndez, Osorio, López-Navarrete & Díez-Somavilla, 2021 ]. O número de artigos que apresentavam análises a partir de questões políticas mostrou o quanto a instrumentalização política sobre a pandemia levou a uma descrença generalizada sobre veículos de mídia e evidências científicas, favorecendo a circulação da desinformação no território latino-americano, sobretudo no Brasil [ Ortiz et al., 2020 ; Gramacho et al., 2021 ; Oliveira, Evangelista et al., 2021 ; Araujo & Oliveira, 2020 ; F. B. Soares, Recuero, Volcan, Fagundes & Sodré, 2021 ; F. B. Soares, Viegas, Bonoto & Recuero, 2021 ; Galli & Modesto, 2021 ; Endo et al., 2022 ]

A Figura 4 indica quais são os principais tipos de estudos que encontramos no corpus . É importante recordar que os tipos não são excludentes, ou seja, uma pesquisa poderia apresentar dois ou mais tipos. Estudos de redes sociais digitais esteve presente em 35,2% da literatura, enquanto que 33,9% ( n = 4 7 ) foram voltados para estudos de mídia em geral. Cerca de um quarto dos artigos (23,2%, n = 3 3 ) estava relacionado aos estudos de percepção pública e estudos de audiência. Já as pesquisas do tipo teóricas representaram 12,7% do corpus . Os três artigos presentes na categoria ‘Outros’ se manifestam como Estudo de cunho histórico ( n = 1 ) ou antropológico ( n = 1 ) e Pesquisa doutrinária e legislativa do Direito Ambiental ( n = 1 ).

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Figura 4 : Tipos de estudo. Fonte: autoria própria.

Entre os 50 artigos de nosso corpus que analisaram redes sociais digitais, o Twitter e o Facebook são as plataformas mais estudadas (17 artigos cada), seguida do WhatsApp ( n = 1 3 ), Instagram ( n = 1 0 ) e Youtube ( n = 8 ) como pode ser visto na Figura 5 .

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Figura 5 : Plataformas analisadas em estudos de redes sociais digitais. Fonte: autoria própria.

A preocupação em relação às mídias sociais é tão evidente quanto o debate a partir da circulação de desinformação em outras mídias. Twitter, Facebook, Whatsapp, Instagram e Youtube estiveram presentes em grande parte dos estudos sobre desinformação que tinham como foco análises a partir das mídias sociais. 40% ( n = 1 9 ) dos estudos de mídia tiveram como foco de discussão materiais derivados de agências de checagem de fato, que se colocaram como novas autoridades epistêmicas [ Oliveira, 2020 ; Albuquerque, 2021 ; Lelo, 2022 ]. O jornalismo, que também se colocou como autoridade epistêmica durante a pandemia [ Oliveira et al., 2020 ], também esteve presente em 17% ( n = 1 3 ) da literatura analisada. Apesar de uma tradição nos estudos de comunicação apontarem para a mídia como um outro poder político na América Latina [ Guerrero & Márquez-Ramírez, 2014 ; Sierra Caballero & Sola-Morales, 2020 ; Valente et al., 2022 ], apenas três artigos discutiram o sensacionalismo presente nas notícias e o papel que os veículos de mídia têm em propagar desinformação. Produtos e iniciativas de divulgação e educação científica compuseram 17% ( n = 8 ) do corpus. Três artigos analisavam portais governamentais e um artigo analisou livros didáticos.

Ao investigar as principais metodologias utilizadas por esses autores, conforme a Figura 6 , constatamos que 14,8% das pesquisas ( n = 2 1 ) não mencionaram nenhum procedimento metodológico. Em contrapartida, ao debruçar sobre a diversidade metodológica presente no corpus, foi possível observar uma variedade de métodos desdobrados em: a) estudos qualitativos ( n = 1 6 ), como etnografias, fenomenologia, métodos indutivos e categorização temática; b) métodos digitais ( n = 1 3 ), como modelagem de tópicos, métodos computacionais, Webscraping, etnografia digital, entre outros; c) estudos léxicos, sócio-discursivos e de narrativa ( n = 1 1 ); d) pesquisa exploratória ( n = 9 ), como mapeamentos, mapa de mediações e análise descritiva.

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Figura 6 : Metodologias e técnicas mencionadas nas pesquisas. Fonte: autoria própria.

Os resultados referentes às metodologias estudadas seguem o padrão apresentado por Rocha e Massarani [ 2017 ], em que questionários, pesquisas bibliográficas, análise de conteúdo e análise de discurso são fortemente utilizadas nas publicações latino-americanas. No entanto, no presente estudo, a diversidade de outras metodologias na literatura analisada também é destaque, sobretudo em relação à metodologias qualitativas, como também o crescimento do uso de métodos digitais pela pesquisa latino-americana. Estudos de diagnósticos sobre a circulação da desinformação, bem como estudos de percepção pública, apontam para um esforço analítico de compreender o cenário e a conjuntura no qual a desinformação relacionada à ciência, saúde e meio ambiente se manifesta e é percebida na região. Destaca-se também que, apesar da relevante presença de estudos sobre divulgação e educação científica, poucos são os estudos experimentais realizados que apresentam evidências científicas sobre melhores formas de enfrentar a desinformação. Dentre os resultados dos estudos experimentais, destaca-se preocupações sobre características próprias da região, como falta de acesso à informação, e influência de grupos de interesses políticos e religiosos para a consolidação de sistemas de crença propícios para a desinformação e comportamento conspiratório [ Peralta, Sánchez & González, 2022 ; Vijaykumar, Rogerson, Jin & Costa, 2022 ; Pluviano, Watt, Pompéia, Ekuni & Della Sala, 2022 ].

Para elucidar o fenômeno de desinformação, percebemos que os autores utilizaram diferentes conceitos e terminologias em seus textos. Definições teórico-conceituais explícitas de ‘desinformação’ são apresentadas em 67 pesquisas (47,2%), enquanto outros termos também recebem devida atenção e discussão conceitual, sendo eles: fake news em 62 estudos (43,7%), misinformation em 33 (23,2%), malinformation em 15 (10,6%), ‘teorias da conspiração’ em 9 (6,3%) e ‘negacionismo’ em 4 (2,8%). Provoca surpresa, entretanto, a quantidade de 42 artigos (29,6%) que não apresentam uma definição conceitual explícita.

Na parte a seguir, detalhamos a análise.

4.1 Definições conceituais

O conceito de desinformação (“ disinformation ”) definido por Wardle e Derakhshan [ 2017 ] e Scheufele e Krause [ 2019 ], fenômeno de disseminação de informações deliberadamente enganosas com o propósito de causar danos intencionalmente, foi amplamente abordado no corpus . Dos 67 artigos que definem desinformação, 15 artigos citam Wardle e Derakhshan [ 2017 ]. Nos outros casos, ocorrem definições similares, sem citar autores [ Biancovilli, Makszin & Jurberg, 2021 ; T. A. Costa & Silva, 2022 ] ou citando autores diferentes [ Gehrke & Benetti, 2021 ; León, Cazar & Campaña, 2021 ; Molina, 2021 ]. Além disso, também foram encontradas outras características, como intenção de prejudicar pessoa, grupo social, organização ou país [ Ledur & Santos, 2021 ; Lotto et al., 2022 ; Santos et al., 2021 ], manipular opinião pública [ F. B. Soares, Recuero et al., 2021 ], benefício econômico [ Ramírez, 2021 ], ausência de fundamentação científica [Santos et al., 2021 ] e que o fenômeno abarca uma gama de outros fenômenos, como conteúdo falso em redes sociais digitais, clickbait, discurso de ódio, entre outros [Molina, 2021 ]. Outros autores foram utilizados para a definição de “ misinformation ”, relacionando a expressão a informações falsas sobre saúde [Biancovilli et al., 2021 ; Massarani, Brotas, Costa & Neves, 2021 ; Vijaykumar et al., 2022 ].

A discussão da definição do conceito de fake news está presente no corpus , seja de forma a marcar que não há uma conceituação definitiva [ Barcelos et al., 2021 ; Fagundes et al., 2021 ] ou de apresentar um conjunto de definições para compreender o fenômeno [ Gutiérrez-Coba, Coba-Gutiérrez & Gómez-Diaz, 2020 ; Pichihua Vegas, 2022 ]. Em alguns casos simplificam o conceito, definindo como informações não factíveis que são propagadas [ Endo et al., 2022 ; N. C. Moreira, Oliveira & Peixoto, 2021 ; Peralta et al., 2022 ]. A percepção da fabricação e intencionalidade das “ fake news ” também podem ser percebidas em sua construção conceitual, podendo ser parcial ou totalmente falsas, forjando a verdade e distorcendo fatos para enganar e confundir leitores [Barcelos et al., 2021 ; Lima, 2021 ; Galhardi, Freire, Minayo & Fagundes, 2020 ; N. C. Moreira et al., 2021 ], pode induzir pessoas a erros, manipular opiniões, impactar instituições ou pessoas e influenciar visões políticas, podendo causar pânico e insegurança [ S. S. S. Soares et al., 2020 ]. Alguns artigos afirmam que chamar de ‘notícia’ faz relação com a configuração desses conteúdos, que possuem similaridade com peças jornalísticas, apesar de não seguir os procedimentos técnicos que o meio de produção jornalístico espera [ Andreatta, 2021 ; Ledur & Santos, 2021 ; Lemos, Bitencourt & Santos, 2021 ; Massarani, Waltz, Leal & Modesto, 2021 ; Peralta et al., 2022 ].

Os conceitos de teorias da conspiração e negacionismo científico são apresentados de formas parecidas. Pivaro e Girotto Jr. [ 2020 ] argumentam que o negacionismo não é correlacionado a uma falta de conhecimento sobre o assunto, mas a uma recusa em ajustar suas crenças sobre o conhecimento científico devido à ideologia. Em um cenário de polarização, se um grupo acredita em uma afirmação, o grupo oposto se recusa a acreditar, pouco importando o consenso científico [Pivaro & Girotto Jr., 2020 ]. No caso das teorias da conspiração, identificamos que o conceito é apresentado como narrativas complexas, bem elaboradas e, por vezes, criativas, que dissertam sobre planos malévolos e intenções secretas de grandes instituições, como governos e empresas [ Pluviano et al., 2022 ; Tokojima Machado, Siqueira & Gitahy, 2020 ]. Essas histórias seriam criadas para apresentar respostas e soluções alternativas a fatos reais e/ou percepções [ Araujo & Oliveira, 2020 ].

4.2 Características da circulação dos fenômenos desinformativos

Em diversos artigos são mencionadas tipologias de desinformação [ L. M. Costa, Nóbrega & Maia, 2021 ; Sousa, Capoano, Costa & Paganotti, 2022 ], e buscam tecer diagnósticos e características próprias dos fenômenos desinformativos. Sued [ 2020 ], por exemplo, comenta a aparência enganosa de informações falsas e que elas possuem alguma característica que poderia ser real. Klein e Klein [ 2021 ] também comentam estratégias de produção de desinformação, que podem ser versões fantasiosas ou exageradas, que possuem apelo emocional, simulam a linguagem jornalística, entre outras características. Em ambos os casos, noções de conteúdo impostor, manipulado ou fabricado [ Wardle & Derakhshan, 2017 ] estão presentes.

Por fim, destaca-se a importância das redes sociais digitais, que permitem que a desinformação tenha um amplo alcance de disseminação em alta velocidade [ Wardle & Derakhshan, 2017 ]. Essa característica é evidenciada em diversos artigos presentes no corpus [ Klein & Klein, 2021 ; F. B. Soares, Bonoto, Viegas, Salgueiro & Recuero, 2021 ; F. B. Soares, Recuero et al., 2021 ; F. B. Soares, Viegas et al., 2021 ], que comentam a circulação instantânea e massificada de informações que essas plataformas proporcionam.

As características econômica e digital, particularmente relacionadas às redes sociais digitais [ Allcott & Gentzkow, 2017 ; Hirst, 2017 ], também foram discutidas na literatura analisada. Determinados artigos discutem como as “ fake news ” são lucrativas para muitos, já que são feitas para tirar vantagens dos algoritmos das plataformas digitais e geram benefícios, inclusive monetários, àqueles que emitem o conteúdo [ Andreatta, 2021 ; L. M. Costa et al., 2021 ; Lemos et al., 2021 ; Molina, 2021 ]. Outros artigos atribuem a grande capacidade persuasiva das “fake news” [ Lima, 2021 ] às dinâmicas das redes sociais [Andreatta, 2021 ; Lima, 2021 ; Ferreira, 2020 ]. Assim, as “ fake news ” seriam dependentes da tecnologia digital, que garante disseminação em massa, em alta velocidade [Andreatta, 2021 ].

Algumas características das fake news foram apresentadas como sinônimo para “histórias falsas” fabricadas, que já foram mencionadas [ Barcelos et al., 2021 ; Lima, 2021 ; Endo et al., 2022 ; Galhardi et al., 2020 ; N. C. Moreira et al., 2021 ; Peralta et al., 2022 ]. Encontrou-se também o uso em discurso político e como forma de propaganda, utilizado por figuras que desejam descredibilizar veículos de imprensa quando analisam que um determinado conteúdo está prejudicando seus interesses [ Finatto, Silva & Esteves, 2021 ].

Por sua vez, as teorias da conspiração encontram sinergia com ideologias pessoais, culturais e/ou políticas de grupos de pessoas que, por fim, acreditam, defendem e disseminam tais informações [ Pluviano et al., 2022 ]. Como mencionado anteriormente, essa oposição é mais forte em um cenário de polarização política [ Pivaro & Girotto Jr., 2020 ] e se assemelha às motivações de negacionistas, movidos por oposição às práticas científicas, ignorando e questionando dados comprovados [ A. C. Bezerra, Schneider & Capurro, 2022 ; Girotto Jr., Vasconcelos & Pivaro, 2022 ]. O negacionismo é visto como um fenômeno informativo [ Matos & Jacintho, 2022 ], já que estimula a disseminação de visões e opiniões que geram influência negativa sobre grupos de pessoas, os quais passam a desacreditar de fatos apresentados pela ciência. O corpus também evidenciou que o negacionismo pode ser elencado como uma arma política, pois é frequentemente utilizado para descredibilizar instituições e construir barreiras ao conhecimento de problemas sociais [ Cunha, 2021 ]. A negação (da ciência) é, portanto, percebida como uma ameaça, visto que produz (e nutre) a ignorância sobre um povo [Matos & Jacintho, 2022 ].

5 Considerações finais

O cenário da produção científica na América Latina demonstra que, assim como ocorreu em outras regiões do mundo, a agenda de pesquisa sobre desinformação científica também cresceu durante o período da pandemia de Covid-19, levando a muitos pesquisadores interessados em compreender a desinformação e como é possível combatê-la para proteger a saúde pública a partir de contextos nacionais distintos. Apesar de a desinformação científica ser uma questão global, a circulação de desinformação na América Latina possui particularidades regionais, como a falta de acesso à informação confiável e a influência de grupos com interesses políticos e religiosos específicos, bem como um sistema de mídia próprio com grande influência em decisões políticas na região. Portanto, é importante compreender como a desinformação científica se manifesta na região e quais são os fatores que estão relacionados ao fenômeno, para que se possa desenvolver estratégias eficazes para combater a desinformação e promover a informação confiável através da divulgação científica.

Os resultados destacaram o papel de lideranças políticas na região acusadas de incentivar a desconfiança nas recomendações e evidências apresentadas pelas autoridades científicas. A internet e as redes sociais digitais, foram identificadas como meios importantes de disseminação de desinformação e, consequentemente, objeto de muitos estudos sobre o tema. Estudos sobre mídia e também se destacam como importantes no panorama da pesquisa sobre desinformação na América Latina, sobretudo estudos a partir de agências de checagem de fato, apresentadas como novas autoridades epistêmicas diante de um contexto de infodemia. Apesar de uma tradição de perspectivas críticas sobre o papel da mídia na América Latina, poucos estudos tiveram como objeto uma crítica aos veículos midiáticos pelo sensacionalismo sobre temas relacionados à pandemia e sobre o seu papel em disseminar desinformação.

Os resultados também indicam que as metodologias mais comumente utilizadas para estudar desinformação, fake news , teorias da conspiração e negacionismo científico na América Latina são análise de conteúdo, survey, análises estatísticas, pesquisa bibliográfica e análise do discurso. A literatura aponta para o uso de métodos digitais para a pesquisa nesta região. Embora haja uma grande presença de estudos sobre divulgação e educação científica, poucos são os estudos experimentais realizados na região voltados para o enfrentamento à desinformação.

A pesquisa sobre desinformação, fake news , teorias da conspiração e negacionismo mostra que há esforços para contribuir na definição conceitual destes fenômenos. No entanto, a maior parte da literatura usa definições já estabelecidas, que os consideram como atos intencionais de enganar. Além disso, são encontradas outras características, como a intenção de prejudicar indivíduos ou grupos, manipular a opinião pública, ou obter lucro econômico.

O presente estudo permite avançar para entender a pesquisa em desinformação e divulgação científica na América Latina. Mas é importante destacar algumas limitações. A primeira delas diz respeito ao número reduzido de bases de dados utilizadas, especialmente porque muitos artigos latino-americanos estão pulverizados em revistas ainda não indexadas nas bases. Em estudos posteriores, a discussão poderá ser enriquecida com a ampliação de bases, que poderão trazer novos artigos e discussões.

Da mesma forma, apesar de observada a presença de Wardle e Derakhshan [ 2017 ] para a definição conceitual de desinformação, uma compreensão mais profunda sobre as principais referências nestes estudos, bem como uma construção de taxonomias a partir da literatura poderiam ser apresentadas em estudos bibliométricos e análises sistemáticas.

Por fim, destacamos que, apesar do crescente interesse no assunto, ainda existem muitas questões em aberto e desafios na compreensão da desinformação científica, incluindo questões relacionadas à definição conceitual, a medição do alcance da desinformação no atravessamento entre plataformas, o impacto da desinformação científica na sociedade, sobretudo em comunidades periféricas e/ou marginalizadas, e o combate à desinformação científica. Portanto, ainda há muito espaço para o desenvolvimento de pesquisas e estudos neste campo, e fortalecer a pesquisa entre os países latino-americanos é a melhor forma de entender as particularidades da circulação da desinformação científica na região e estruturar coletivamente melhores formas para o seu enfrentamento.

Agradecimentos

Este artigo foi realizado no escopo do Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia, com apoio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Conta com apoio do edital CNPq — PROEP-COC, PPSUS, ARC e Jovem Pesquisador Fluminense. Massarani e Oliveira agradecem ao CNPq respectivamente pela Produtividade em Pesquisa 1B e 2. Massarani e Oliveira agradecem à Faperj pelo Cientista do Nosso Estado e Jovem Cientista do Nosso Estado.

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Autores

Kaique Mancoso é mestrando em comunicação pela Universidade Federal do Ceará e pesquisador do Grupo de Pesquisa em Política, Opinião Pública e Comunicação (GRUPPOCOM).
E-mail: kaique.mancoso@gmail.com .

Amanda Paes é bacharel em Antropologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e mestre em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde pela Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz. É doutoranda em Ciências Sociais no Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
E-mail: amanda.tp.paes@gmail.com .

Thaiane Oliveira é Professora do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense. Coordenadora do Laboratório de Pesquisa e Ciência, Inovação, Tecnologia e Educação. Pesquisadora do Instituto Nacional Disputas e Soberania Informacional e do Instituto Nacional de Administração de Conflitos. Membro da Academia Brasileira de Ciências.
E-mail: thaianeoliveira@id.uff.br .

Luisa Massarani é Coordenadora do Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia e pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz/Fundação Oswaldo Cruz. É coordenadora para América Latina de SciDev.Net ( https://www.scidev.net/ ). Pesquisadora Produtividade 1B do CNPq e Cientista do Nosso Estado da Faperj.
E-mail: luisa.massarani@fiocruz.br .

Notas

1 Disponível em: http://dfreelon.org/utils/recalfront/ . Acessado em 12/12/22.

2 Coleta feita em 17/10/22.

3 Gerada através da ferramenta WorldCloud, considerando a quantidade de vezes que cada expressão apareceu na análise de temas. Disponível em: https://www.wordclouds.com . Acesso em: 15/01/2023.