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Nesta edição de ‘JCOM América Latina’ concentramos nossos esforços em discutir controvérsias e divulgação científica, reunindo sete textos. São cinco artigos, um ensaio e uma resenha de livro provenientes de autores da Argentina, do Brasil, da Colômbia e do México. A edição conta com a participação de Martha Marandino, que integra o comitê editorial de ‘JCOM América Latina’ e é pesquisadora da Universidade de São Paulo, e Marina Ramalho e Silva, pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz da Fundação Oswaldo Cruz, além de Luisa Massarani, editora de ‘JCOM América Latina’.
Neste artigo, realizamos um levantamento de natureza exploratória a fim de identificar e analisar estudos que discutem divulgação científica e controvérsias no contexto da América Latina. A partir de uma busca em repositórios científicos ‘online’ foram coletados 105 artigos acadêmicos, publicados individualmente ou em colaboração por um total de 191 autores. Os temas mais recorrentes são mudanças climáticas, transgênicos e células-tronco. Os resultados obtidos evidenciam que os estudos na área estão dispersos e distribuídos em diversas revistas acadêmicas, com 90% das revistas publicando somente um artigo sobre controvérsias e divulgação científica entre os anos 2000 e 2020.
Nesta pesquisa de caráter qualitativo estudamos a experiência de quatro museus e centros de ciências itinerantes brasileiros a fim de compreender como essas instituições entendem os papéis dos seus mediadores, quais são as especificidades da mediação na itinerância e os desafios encontrados. Os resultados apontam que esses profissionais são fundamentais para as instituições e é esperado que eles atuem junto aos públicos ampliando as possibilidades de interação e aprofundando conteúdos expostos, mesmo quando as exposições não apresentam concretamente insumos informativos para tal. Trazemos algumas reflexões sobre o papel desses mediadores itinerantes, sua formação e profissionalização, bem como desafios e recomendações.
Questões relacionadas a ciência e a tecnologia (C&T) têm se colocado cada vez mais presentes em nossa vida, sendo a compreensão pública da C&T um direito que permite ao cidadão a participação ativa em debates na sociedade a partir de temas que envolvem controvérsias sociocientíficas, desencadeando um sentimento de pertencimento. Os museus de ciências têm um grande potencial de contribuir nessa perspectiva, porém nem sempre abordam questões controversas. Neste ensaio reflexivo, realiza-se um estudo a partir da literatura que discute as controvérsias sociocientíficas nos museus e, ao final, se propõe três dimensões de análises para futuras pesquisas: a controvérsia na exposição, a controvérsia em sua essência e, a hermenêutica da controvérsia.
Estudar e avaliar os impactos e potencialidades de ações de educação não formal e de comunicação pública da ciência para o processo de alfabetização científica (AC) é relevante e necessário, porém, são poucos estudos que têm se dedicado a isso de forma criteriosa. No presente artigo, apresentamos a ferramenta tórico-metodológica “Indicadores de Alfabetização Científica”, criada para a análise do processo de AC nesses contextos e apresentamos alguns resultados de pesquisas que a utilizaram. Trazemos, inicialmente, uma breve revisão da literatura sobre a AC, explorando autores que abordam o tema nos contextos formais e não formais de educação e de comunicação pública da ciência. A partir deste panorama, detalhamos a ferramenta elaborada para análise de ações e do público, discutindo seu processo de construção. Em seguida, apresentamos um conjunto de investigações que utilizou a ferramenta proposta. Por fim, apontamos que a ferramenta teórico-metodológica é útil para um diagnóstico que pode revelar a extensão do desenvolvimento da alfabetização científica e discutimos alguns dos desafios no seu uso e desenvolvimento.