Há uma escassez de dados quantitativos que caracterizem a divulgação científica nas redes sociais no Brasil. O mesmo pode ser dito em relação às pseudociências. Neste artigo apresentamos uma investigação a respeito da taxa de crescimento de alguns dos principais canais de divulgação científica e de pseudociência no YouTube nos últimos anos. Ao todo foram contabilizados 6.007 vídeos, distribuídos em 8 diferentes canais. Como resultado, temos que o número de visualizações e inscrições dos canais de divulgação científica em média triplicou no período, já nos canais de pseudociência o número de visualizações quintuplicou e o número de inscrições sextuplicou.
A democratização e o fácil acesso a informação trazem um desafio: o aumento do número e da velocidade da circulação de notícias falsas. Neste artigo, estudamos a recepção de notícias de saúde e a importância dada ao nome do veículo de publicação pelos leitores, bem como motivações para o compartilhamento de tais notícias. Realizamos um estudo exploratório utilizando uma metodologia mista, com um rastreador ocular e um questionário, com 23 participantes. Eles leram quatro textos diferentes, dois críveis e dois com características de notícias falsas. A análise de 24.098 fixações oculares e as respostas aos questionários mostram a pouca importância dada ao nome do veículo e, também, a pouca influência desta informação na decisão de compartilhar os textos. Nossos dados indicam que notícias falsas são compartilhadas por questões subjetivas ligadas sobretudo ao tema do texto, sem preocupação com sua credibilidade.
Esta Pesquisa-Ação, realizada no Parque Rocha Moutonnée, Salto-SP, Brasil, teve como objetivo geral identificar quais fatores influenciaram positiva e negativamente a ação dos mediadores na busca por objetivos comuns. A partir de observação, registros escritos e entrevistas com monitores do Parque, desenvolvemos a tese de que a emancipação e autonomia, em perspectiva democrática no trabalho, aprimoram a atuação do monitor, pois sua prática cotidiana é diversificada e demanda liberdade para criação e reflexão. Trocas entre pares e as reflexões regulares sobre as ações, nos espaços oferecidos pela administração das instituições, foram as mais relevantes para alcançar os objetivos da mediação.
O artigo analisa eventos de divulgação científica realizados por uma Instituição Científica e Tecnológica (ICT) federal brasileira, constituída como Unidade de Pesquisa (UP) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Foram levantadas, por meio de pesquisa documental, atividades presenciais realizadas no período 2015–2019. Os resultados indicam que a instituição realizou número expressivo de eventos focados principalmente no público escolar. Parcerias com outras entidades locais, principalmente públicas, potencializaram as práticas. A principal abordagem foi de caráter instrucional, mas também houve atividades dialógicas. Conclui-se que essas últimas devem ser estimuladas, pois propiciam mais engajamento com a coletividade. Considera-se, ainda, que a política pública deve contemplar as UPs do MCTI como parceiras permanentes na popularização da ciência.
Este estudo desenvolveu um inventário de notícias sobre pesquisas científicas publicadas por 15 anos nos portais de três universidades públicas de Minas Gerais, Brasil, e avaliou a repercussão de uma amostra desses textos em outros sites. Sob a proposição habermasiana de que os fluxos comunicacionais nas esferas públicas podem influenciar decisões políticas, foram levantados projetos que tramitaram no poder legislativo mineiro no período, verificando-se possível interconexão com as pautas do jornalismo científico analisadas. Os resultados mostram crescimento recente na frequência das publicações, predominância de pesquisas sobre Meio Ambiente e Sustentabilidade e falta de correspondência com as discussões no legislativo.
La comunicación de los resultados de la investigación científica atraviesa una época de profundos cambios, signada por los nuevos escenarios digitales y por nuevos lenguajes empleados en la publicación de artículos, entre los que se destaca el recurso audiovisual. En este artículo se analiza la presencia de videoartículos en revistas científicas, en el ejemplo de cinco journals provenientes de distintas disciplinas: Nature, JoVE, Revista Digital Universitaria, Comunicar, y Tecmerín Revista de Ensayos Audiovisuales. Tanto en reemplazo del tradicional paper como en su función divulgativa, los videoartículos funcionan como elementos claves para la expansión narrativa en los nuevos entornos digitales.
Los eventos sísmicos no destructivos son una oportunidad para la alfabetización científica de la población, y pueden contribuir a la resiliencia de la sociedad frente al peligro natural que representa la sismicidad. Para evaluar cómo se transmite esta información, tomamos como caso de estudio 231 notas publicadas en medios locales de la provincia de Mendoza, Argentina. Observamos que no siempre presentan la información completa necesaria para caracterizar el evento sísmico, y en ocasiones presentan la información de manera confusa. Con el fin de mejorar la comprensión de la información publicada, presentamos una lista de los parámetros que deben incluirse: (1) ubicación del epicentro, (2) magnitud, (3) profundidad, (4) fuente de la información, y (5) intensidades, en el caso de sismos sentidos. Discutimos brevemente la importancia de cada uno de estos parámetros para una mejor comprensión del peligro sísmico.
Ante la pandemia actual, y en vista de la ola de desinformación, de información incierta, incorrecta o alterada, es conveniente discutir si la comunicación de la ciencia, cuyos objetivos son en principio diferentes a los de una campaña, pudiera intervenir para contrarrestar en alguna medida esta problemática.
El año 2020 se recordará por la pandemia de COVID-19 que a su paso trastocó sectores como el cultural y científico. Una de las consecuencias fue el cierre al público de los Museos y Centros de Ciencia, los cuales reaccionaron de forma inmediata y continuaron su labor a través de internet. En este ensayo se reflexiona sobre la reapertura, en el futuro, de los Museos y Centros de Ciencia. Estos, ante una nueva realidad, enfrentarán retos mayúsculos, por ejemplo, la brecha digital en el mundo y, sobre todo, “el tocar”, lo cual se ha vuelto un riesgo sanitario.
¿Qué ciencia necesita el ciudadano? Es una pregunta que todos quienes trabajamos por una cultura científica universal y estamos convencidos que es importante nos hemos hecho una y mil veces. Cabe preguntarnos ¿somos los únicos que podemos responder o intentar responder esa pregunta? Este libro nos aporta otras miradas que incluyen las voces de científicos, tomadores de decisión y la propia ciudadanía.
Em tempos de movimento anticência e fake news, o livro “Manual de Sobrevivência para Divulgar Ciência e Saúde” traz dicas e reflexões sobre a prática da divulgação científica no Brasil em tempos de crise. As considerações feitas pelas autoras abrangem um amplo espectro de técnicas de divulgação que são interpostas aos desafios do tempo em que vivemos, os quais também são discutidos nesta resenha.